sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Concepção de cenário para Os Ruperstein
CONCEPÇÃO CENOGRÁFICA
Este espetáculo nos mostra o homem fruto do apego exessivo e descontrolado pelos bens materiais. Sujeito que firma sua existência em uma possibilidade subjetiva construída sobre e para os objetos adquiridos, priorizando-os inclusive a Deus, criando através do guardar uma falsa justificativa para sua ganância, pois em sua mente só existe uma certeza : a vontade exagerada de possuir qualquer coisa, para aumentar a possibilidade de ter entre estas o objeto de sua salvação.
Segundo Erich Fromm in To Have or to be ? ( New York : Harper & Row, 1976 ) são duas as dimensões fundamentais da condição humana : a dimensão TER relacionada as necessidades concretas e a dimensão SER, que compreende os sentidos e emoções.
Nosso personagem apresenta uma perversão na dimensão TER , ao acumular compulsivamente. Situação que nos remete a uma reflexão sobre estas instâncias ambíguas, mas impreterivelmente prersentes em nosso cotidiano.
A cenografia pretende estabelecer diálogo com um personagem, que convive com o risco de ter em inoportuno momento de seu deleite a revelação da inutilidade de seus objetos e por consequência de sua verdade.
É composta de um semi cículo em torno de uma poltrona, erigido com 26 tubos de polipropileno infláveis, confeccionados em diferentes tamanhos, onde em suas faces estão plotadas imagens simbólicas em alta resolução. São figuras monocromáticas, na verdade falsos objetos, tão vasios quanto as necessidades argumentadas pelo sujeito que busca a satisfação no acumulo.
Para colaborar com a construção deste ambiente efetuamos intervenções com imagens destes mesmos objetos, projetadas nas paredes através de máscaras de luz.
Este espetáculo nos mostra o homem fruto do apego exessivo e descontrolado pelos bens materiais. Sujeito que firma sua existência em uma possibilidade subjetiva construída sobre e para os objetos adquiridos, priorizando-os inclusive a Deus, criando através do guardar uma falsa justificativa para sua ganância, pois em sua mente só existe uma certeza : a vontade exagerada de possuir qualquer coisa, para aumentar a possibilidade de ter entre estas o objeto de sua salvação.
Segundo Erich Fromm in To Have or to be ? ( New York : Harper & Row, 1976 ) são duas as dimensões fundamentais da condição humana : a dimensão TER relacionada as necessidades concretas e a dimensão SER, que compreende os sentidos e emoções.
Nosso personagem apresenta uma perversão na dimensão TER , ao acumular compulsivamente. Situação que nos remete a uma reflexão sobre estas instâncias ambíguas, mas impreterivelmente prersentes em nosso cotidiano.
A cenografia pretende estabelecer diálogo com um personagem, que convive com o risco de ter em inoportuno momento de seu deleite a revelação da inutilidade de seus objetos e por consequência de sua verdade.
É composta de um semi cículo em torno de uma poltrona, erigido com 26 tubos de polipropileno infláveis, confeccionados em diferentes tamanhos, onde em suas faces estão plotadas imagens simbólicas em alta resolução. São figuras monocromáticas, na verdade falsos objetos, tão vasios quanto as necessidades argumentadas pelo sujeito que busca a satisfação no acumulo.
Para colaborar com a construção deste ambiente efetuamos intervenções com imagens destes mesmos objetos, projetadas nas paredes através de máscaras de luz.
Concepção de cenário para Coração de um Boxeador por Marçal Rodrigues
Coração de boxeador.
Optei por trabalhar com três elementos básicos que colaboram com a dramaturgia de maneira a buscar uma dimensão cênica mais surreal. Inspirado pela pintura de Van Gogh, O quarto do artista (1889), e na história de Alice nos País das maravilhas de Lewis Carroll (1865), trabalhos da mesma época que são em si marcos históricos no campo das artes e assim uma passagem para novas linguagens e também no campo temporal de entrada no século xx. A utilização desta base surgiu por entender no Texto de Lutz Hübner o quarto, onde acontecem todas as cenas, como um elemento de transição entre a história de cada personagem e suas necessidades em comum de seguirem suas vidas com outras dimensões. Assim os Painéis deslocam o centro do palco, além de permitirem que pela transparência seja visível aquilo que nos é suprimido no cotidiano, a atitude do individuo na sua mais profunda particularidade o ângulo escolhido reforça uma opressão na cena e um desconforto. A cama que transforma-se em cadeira de rodas, revelando a efemeridade do estado e a janela que se desdobra de uma pequena abertura para uma grande paisagem ao longo do trabalho. Onde conjuntamente com uma luz mais aberta trarão, ao final, a clareza das coisas.
Optei por trabalhar com três elementos básicos que colaboram com a dramaturgia de maneira a buscar uma dimensão cênica mais surreal. Inspirado pela pintura de Van Gogh, O quarto do artista (1889), e na história de Alice nos País das maravilhas de Lewis Carroll (1865), trabalhos da mesma época que são em si marcos históricos no campo das artes e assim uma passagem para novas linguagens e também no campo temporal de entrada no século xx. A utilização desta base surgiu por entender no Texto de Lutz Hübner o quarto, onde acontecem todas as cenas, como um elemento de transição entre a história de cada personagem e suas necessidades em comum de seguirem suas vidas com outras dimensões. Assim os Painéis deslocam o centro do palco, além de permitirem que pela transparência seja visível aquilo que nos é suprimido no cotidiano, a atitude do individuo na sua mais profunda particularidade o ângulo escolhido reforça uma opressão na cena e um desconforto. A cama que transforma-se em cadeira de rodas, revelando a efemeridade do estado e a janela que se desdobra de uma pequena abertura para uma grande paisagem ao longo do trabalho. Onde conjuntamente com uma luz mais aberta trarão, ao final, a clareza das coisas.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
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